CASA—CE evita reencontro com Chivukuvuku na Frente Única Conjunta
Dado como certo o casamento de Adalberto Costa Júnior com Abel Chivukuvuku, no tecto de uma Frente Única para "ajudar o MPLA passar para oposição", agora olha—se para que formação política virá depois do Bloco Democrático, uma das precursoras da Frente.
Por: Lito Dias
Animosidades do outro tempo colocam a CASA—CE fora do projecto para não reencontrar Chivukuvuku, que foi escorraçado da liderança da coligação.
Alguns políticos da única coligação de partidos em Angola consideram cedo decidir sobre uma eventual entrada na Frente Única, que já congrega a UNITA, o Bloco Democrático e o Projecto PRA—J A Servir Angola. Advogam que tal decisão tem de ser tomada depois de todos partidos analisarem os prós e contras.
No entanto, outros políticos ouvidos pelo "Na Mira do Crime", puseram de parte tal possibilidade argumentando que tal Frente significava rendição à UNITA.
"O Abel não teve dificuldades de aderir ao projecto, porque vai ser liderado pelo seu ex—partido, e aqui ninguém está disposto a entrar nessa jogada", referiu, acrescentando que o político confundia a nata CASA—CE, ao pretender colocar apenas gente oriunda da UNITA nas direcções provinciais.
O ex—presidente da CASA—CE, é citado por fontes deste portal como tendo encontrado abertura no seio da direcção da UNITA, que não tem dificuldades de recebe—lo de volta.
Abel Chivukuvuku, depois de abandonar o partido do Galo Negro em Março de 2012, pode entrar em grande em qualquer projecto político, depois de colocar à prova a sua eloquência e capacidade mobilizadora. Pode, por isso, "impor" a forma como ele vai participar na Frente Única.
Já circulam informações segundo as quais o político terá recebido luz verde da direcção do galo negro para ocupar a segunda posição na lista de deputados. Outros nomes como de Carlos Candanda, Leonel Gomes, Lindo Bernardo Tito, Ludovina Joaquim são igualmente apontados para reforçar o team do PRA—JA na futura lista de candidatos a deputado da Frente.
No entanto, fonte do Na Mira do Crime adiantou que as reuniões até aqui realizadas não foram conclusivas, relativamente ao rascunho da lista de candidatos a deputado.
Enquanto alguns defendem a inclusão de todos queiram fazer parte da Frente nos lugares cimeiros da lista. Os outros militantes da UNITA acham que a selecção tinha que ser o mais criteriosa possível, privilegiando as figuras proeminentes do partido.
Para eles, as principais figuras não devem estar muito distantes na hipotética lista. Outro dado adquirido prende—se com o facto ter havido acordo quanto aos símbolos a serem usados no projecto único.
A UNITA, praticamente, será a coordenadora de tudo, sendo que durante a campanha eleitoral será evidenciada a bandeira do partido. "Este assunto vai ser amadurecido nas reuniões vindouras", garante a fonte.
O Bloco Democrático será obrigado a fazer política a sério, não só pela entrega do actual presidente, Justino Pinto de Andrade, mas por se vislumbrar um presidente jovem, com ideias inovadoras. Na Frente Única todos acertos são feitos em pé de igualdade.
Ou seja, fala—se que o trio ACJ, AC e Justino Pinto de Andrade trabalham em sintonia perfeita, como coordenadores da aludida frente.
APN SÓ OLHA
Quintino Moreira, que recentemente e contra todas as expectativas vem dando sinais de vida, com críticas à governação, ainda não se posicionou.
Está a espera que seja contactado pelos precursores da Frente Única.
Já ouviu falar do projecto, mas confessa que nunca foi contactado, pelo que desconhece os meandros do projecto.
FEDERALISMO PREJUDICA PRS
A quarta força política angolana, PRS, mesmo estando à vista a institucionalização das eleições autárquicas, não desarma e mantém a ideia de instituir o federalismo em Angola, "para acelerar o desenvolvimento".
Com este pensamento, fica difícil alinhar com outras forças políticas que consideram que, só com as autárquicas, é possível assegurar o desenvolvimento.
Tal como Quintino Moreira, Benedito Daniel, está à esquerda da Frente Única. Essas abordagens não incluem, também, a FNLA cuja liderança é contestada por larga maioria dos militantes.