Detidos funcionários da Caixa Social das FAA por inserção ilegal de pensionistas
O Serviço de Investigação Criminal (SIC) no Cuando Cubango, em coordenação com outras instituições, procedeu à detenção, nos últimos dias, de quatro cidadãos acusados nos crimes de corrupção activa, corrupção passiva e falsificação de documentos, para inserção ilegal de pensionistas na Caixa de Segurança das Forças Armadas Angolanas.
Trata-se de dois funcionários da Caixa Social das FAA e dois supostos pensionistas da mesma caixa.
Um dos supostos pensionistas tem um senhor cuja idade constante no Bilhete de Identidade é de 76 anos, mas, depois de um trabalho aturado, comprovou-se que a idade real é de apenas 49 anos.
A outra senhora, supostamente implicada, aparece com a idade de 70 anos, quando na verdade tem 38.
Os funcionários recebiam dinheiro nas mãos dos pensionistas que, de forma irregular, foram inseridos na instituição, de forma a obterem os subsídios de pensão.
Para o efeito, eram cobrados valores de 50 mil kwanzas para a entrada e inscrição na referida caixa e, depois de começar a auferir os salários, era estabelecida uma outra taxa pagamento mensal.
Em declarações esta terça-feira à imprensa, o porta-voz do SIC no Cuando Cubango, Paulo Dias de Novais, esclareceu que, em função do recadrastamento presencial, que está em curso na instituição, foram verificadas várias irregularidades, desde a sua inserção como as idades apresentadas nos documentos.
Denunciou existir um outro grupo, ainda não identificado, cujo trabalho era fazer o acompanhamento e controlo para que os nomes não fossem cadastrados com a identificação real.
Conforme o oficial, o SIC continua a trabalhar para identificar outras irregularidades.
Em Agosto do presente ano, o SIC deteve um cidadão acusado de colocar, ilicitamente, quadros nos graus de oficiais superiores na Caixa de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas.
O acusado, técnico dessa instituição desde 2012 e colocado na área de contabilidade, foi detido em flagrante delito na posse de três assentos de nascimento, presumivelmente falsos, 500 mil kwanzas e um telemóvel.
Para a inserção fraudulenta, o cidadão, de 34 anos de idade, cobrava uma quantia de 400 mil kwanzas para a patente de capitão e 500 mil, para a de major.
C/Angop