Na perseguição a marginais - Polícia mata a tiro jovem inocente
Dois jovens que em vida respondiam pelos nomes de Lordano Guimarães e André Alberto João perderam a vida, na manhã do último domingo, em consequência de uma briga que envolveu grupos rivais, no bairro Kawango, município de Dande província do Bengo.
Por: Kihunga Bessa
De acordo com fonte do NA MIRA DO CRIME, tudo começou na noite de sábado, por volta das 23 horas, quando dois dos grupos rivais desenvolveram uma rixa no bairro Kawango, que culminou com a morte de Lordano Guimarães (Zododó), de 21 anos de idade, depois de atingido com uma catanada na cabeça e um ferro aguçado no abdómen.
A família de Lordano negou prestar declarações, mas os amigos revelaram que já era uma rivalidade antiga; até porque o malogrado, que chefiava o grupo UTP do Pai, já tinha sido ferido com gravidade o que fez com que a rivalidade entre os respectivos grupos se perpetuasse.
Tendo se apercebido da situação e na tentativa de sanar a rixa, os efectivos da polícia Nacional (PN) fizeram-se presentes ao local, fazendo vários disparos para afugentar os meliantes.
Nesta acção, foram alvejadas 03 pessoas dentre as quais André Alberto João, que chegou a falecer no hospital provincial do Bengo.
César Manuel João, pai da vítima, disse que o seu filho é inocente, porque não pertencia a nenhum dos grupos.
"Ele apenas passava pela rua quando regressava de uma visita ao seu tio, que vive no outro bairro", explicou, acrescentando que a polícia prometeu apoio, mas que até ao momento não fez nada.
"Os efectivos da polícia apareceram, pensando que vivemos mal", acusaram, afirmando que só não invadiram a esquadra por respeito às instituições.
"Mas se continuarem assim vamos atacar", prometeu Fernanda Domingos, irmã de André, que disse não saber como será enterrado o malogrado.
As famílias pedem justiça, e pedem a polícia local para que esteja mais próximo da população.
O NA MIRA DO CRIME sabe ainda que as vítimas eram do mesmo grupo e os responsáveis pela morte do Lordano Guimarães encontram de foragidos, até ao momento.
População diz que a criminalidade está muito alta e cada vez mais assustadora, e apontam os efectivos da polícia nacional de facilitar a situação.
A equipa de reportagem deste jornal deslocou-se até ao comando municipal do Dande na tentativa de ouvir alguém afecto a polícia nacional, mas sem sucesso.