Na ânsia de conseguir um emprego, dois jovens residentes no município de Cacuaco, em Luanda, foram burlados por um trabalhador da Empresa Pública de Aguas de Luanda (EPAL), no valor de um milhão e meio de Kwanzas.

Por: Na Mira do Crime

Nzuzi Luzolo André, de 41 anos de idade, o suposto burlador, até à altura dos factos, residia no Zango 03, no município de Viana, e estava colocado no Centro de Tratamento e Distribuição de Águas do Candelabro.

De acordo com os lesados, António Manuel e Alberto Armando, o senhor Nzuzi e demais colegas frequentavam a casa para consumir bebidas, ao mesmo tempo que  emprestava dinheiro para receber com juros. "Num belo dia, apareceu a dizer que o chefe dele disse que precisava de pessoas para empregar, mas casa interessas o tinha de pagar um milhão de Kwanzas", lembra.

Ávido de um emprego, o jovem António Manuel sacudiu os bolsos para, em Janeiro de 2022, desembolsar os primeiros 400 mil Kwanzas, enquanto lutava para conseguir mais uma parte para dar a um senhor identificado apenas por Carlos, responsável dos Recursos Humanos.

Passados oito meses, Nzuzi volta a escalar a casa do jovem, exigindo mais valores para que este não perdesse a vaga. Foi então que no dia 19 de Outubro de 2022, o jovem faz mais uma transferência no valor de 200 mil para a conta de uma senhora identificada por Irene Conceição Quintas Caculo e, no dia 26 do mesmo mês, efectuou outra transferência de 300 mil Kwanzas para a conta da mesma senhora que, segundo o senhor Nzuzi, era sua chefe. Quatro meses depois, sempre a confiar em Nzuzi, transferiu mais 100 mil kwanzas, o que totalizou um milhão.

Entretanto, enquanto aguardava pela colocação, o jovem foi surpreendido novamente pelo senhor Nzuzi, alegando que o processo estava condicionado com a contratação de mais uma pessoa, para tal, devia encontrar alguém e com os mesmos valores.

Inocente do que lhe esperava, o jovem contactou um dos seus amigos que também necessitava de emprego, este que prontamente respondeu e faz uma transferência de 500 mil kwanzas, isso em Março de 2023.

Não havendo qualquer avanço no processo, os jovens começaram a exigir o reembolso do valor, o que gerou um certo mal-estar ao ponto de o senhor Nzuzi proferir ameaças, mas depois decide devolver o valor por parcelas de 127 mil Kwanzas por mês, o que não tem vindo a cumprir, tendo por pagar três milhões de Kwanzas.

António Manuel lembra que Nzuzi Luzolo André já terá recebido em crédito de cerca de um milhão de Kwanzas para devolver com juros de 500 mil, o que também não fez até hoje.