Um grupo de marginais, denominado "Linha de Cintra", constituído por elementos devidamente identificados, tem, nos últimos meses, realizado vários assaltos com recursos a armas brancas, junto a entrada do supermercado Arreiou, localizado no bairro Boa Esperança, próximo ao projecto Pipa, bairro Zango 4, município de Viana, onde a maior parte das vítimas são clientes que saem da referida loja.

Por: Cambundo Caholua

De acordo com denúncias de moradores feitas a este jornal, já foram feitas várias queixas ao comandante da Esquadra do Zango-4, de nome Buka, mas a amizade do comandante com a mãe dos bandidos, ou dos efectivos com as filhas ou irmãs dos criminosos, condiciona o normal serviço da polícia.

“O grupo é constituído por vários bandidos, a polícia e o SIC daqui conhecem quem são, podemos citar os mais perigosos como “Dorivaldo 508", "Negrinho", "Liquiboi", "Francisco", "Edinho", "Ediboi", estes são os líderes da gangue, que com objectos contundentes como faca, lâmina, catana, tesoura e cacos de garrafa perturbam todos os moradores do bairro, sobretudo os usuários da loja em referência”, denunciaram.

Para além desses nomes, contam moradores, destacam-se algumas meninas como a "Catila", "Fatimagu" e "Francisca", que têm a função de atrair clientes, sobretudo os homens que se fazem ao supermercado.

“Elas seduzem as vítimas, tão logo mordem a isca, elas accionam os rapazes e consumam o assalto", contam.

"Aqui é perigoso, já não conseguimos andar a vontade, porque os bandidos vivem connosco, conhecem-nos bem", lamentou uma moradora sem ser identificada.

“Eles roubam de dia e de noite, não têm preferência de horário, os assaltos têm sido regular, os moradores não entendemos porquê os bandidos mesmo identificados e com muitas queixas apresentadas não são detidos”, lamentaram.

Os denunciantes dizem que existe mães que sabem que os filhos são integrantes do grupo, e as mesmas, de forma a cobrirem os crimes dos progenitores, submetem-se aos caprichos sexuais dos operacionais da Esquadra do Zango 4.

Na sequência destes "acordos", denunciam, os polícias tendem a limitar a garantia de segurança na zona.

Os moradores apelam ao comandante Buka que faça uma visita no terreno, e abandone um pouco o gabinete, uma vez as coisas “estão mesmo complicadas".