Os cidadãos que diariamente exercem actividade de moto-táxi com motos de três rodas, vulgo (Kupapata), na zona da Casa da Juventude, no município de Viana, manifestam o seu descontentamento e queixam-se das constantes dificuldades que enfrentam, por causa da extorsão diária levada a cabo por alguns agentes da polícia, que deambulam naquele município.

Por: Kihunga Bessa

Depois de várias denúncias feitas pelos jovens que lutam pela sobrevivência, na manhã de sábado, 20 de Abril, o NA MIRA DO CRIME deslocou-se até à vila de Viana, a convite de um destes para constatar o nível de dificuldades a que são submetidos, no exercício da sua actividade, onde se flagrou agentes que roubam os seus dinheiros.

Isaac Sanganjo, natural da província do Bié, que também exerce a actividade de moto- táxi com uma motorizada de três rodas, as famosas "Kupapatas", conta que pelo que sabe, os agentes da polícia são postos naquela zona para controlar a venda ambulante e desordenada, mas estes declinam as suas responsabilidades e partem para extorsão, uma actividade mais lucrativa.

“Esses agentes acabam por ser mais perigosos que os marginais”, assemelhou Isaac.

"Mesmo tendo documentos, eles privam-nos inventando histórias e prometem levar as motos à esquadra, só para conseguirem arrancar dinheiro ", disse, revelando que muitas vezes, preferem “resolver” já no terreno para não terem que ir mais à esquadra.

Quem também manifestou o descontentamento é Joel da Silva, que considera reprovável o facto de os agentes da polícia apreenderem deliberadamente as motos para, depois, cobrarem entre 2 e 3 mil kwanzas para resgatá-las.