MIXA? AGRO- QUITEXE acusa PCA da ZEE de apropriar-se e vender parque da MONUA a chineses
O Grupo empresarial AGRO-QUITEXE acusa o Presidente da Comissão Administrativa da Zona Económica Especial (ZEE), Manuel Pedro, de apropriar-se do parque de viagem, localizado no Km-25, alegando estar no perímetro da ZEE e, por isso, faz parte dela.
Por: Cambundo Caholua
Segundo o representante do grupo empresarial e proprietário do famoso parque da MONUA, Canígia Leandro Mussambo da Silva, o espaço é de 13 hectares e foi adquirido pelo seu pai em 1999.
Desde que o pai faleceu, em 2018, no espaço funcionam serviços de transporte de cargas e passageiros, e nunca houve controvérsia com antiga administração da Zona Económica.
"A ZEE alega que fez um alargamento dos limites adjacentes e, assim, o nosso espaço passou a fazer parte integrante dela, mas acontece que esse alargamento nunca nos foi comunicado, não houve uma auscultação prévia, nem houve uma inclusão daqueles que já lá estavam a desenvolver a sua actividade comercial", reivindicou.
Disse ainda que desde o ano passado, quando começou o braço de ferro entre o PCA da Zona Económica e os proprietários do espaço, já foram notificados com três cartas.
A primeira carta referia que os mesmos, se quisessem continuar a exercer as suas actividades, tinham que voltar, outra vez, a comprar o espaço, mas desta feita ao novo dono que é a ZEE.
Já a última carta que receberam no dia 18 do mês em curso, lhes foram dados 7 dias para se retirarem do local.
Canígia disse ainda que depois de várias tentativas junto do seu advogado no intuito de se chegar a um consenso, a outra parte sempre deu voltas.
Depois de tanto insistirem e procurarem saber mais sobre o ultimato, o Presidente da Comissão Administração da ZEE negou ser o autor do documento que dá o prazo de 07 dias.
"Nós marcamos a reunião com o PCA da Zona Económica, mandamos uma carta, solicitamos a reunião, fomos lá, começamos a debater sobre o assunto e depois colocamos aquela carta dos sete dias na mesa, cuja autoria é atribuída ao PCA da ZEE que, por sua vez, disse desconhecer daquela carta, nem a viu e não assinou", disse.
Afirmou que falou mais uma ou duas palavrinhas e desviou do assunto, sugerindo para que se ignore a carta em causa e se acate a proposta da compra do referido terreno, proposta na primeira carta.
"E nós sempre dissemos que não vamos comprar um espaço que já nos pertence", asseverou, acrescentando que à medida que as negociações prosseguem, já é notória a presença de chineses a fotografar o espaço.
Canígia não pôs de parte a possibilidade de se pretender vender o terreno em litígio a empresários chineses.
"Eles pretendem vender ou já venderam aos chineses, porque estes não é por nada que vêm aqui fotografar", supõe, acrescentando a isso o facto de um aparato policial regularmente aparecer na área.
"Só que, sempre que procuramos saber os motivos da sua presença, os efectivos da polícia dizem apenas para nós irmos ter com a ZEE”.
O intitulado proprietário do espaço disse que tem toda documentação que legaliza o espaço, tanto é que quando a fiscalização exigiu que os mostrasse, prontamente foram apresentados.
ZEE em silêncio tumular
Este Jornal deslocou-se à Zona Económica, a fim de ouvir a versão da sua direcção sobre as acusações que pesam sobre si, mas no momento em que a equipa de reportagem chegou, confrontou -se com a informação segundo a qual o PCA estava reunido. Então, foi ao gabinete jurídico, na pessoa do senhor André Ambriz, que não prestou nenhuma informação por não estar autorizado a fazê-lo.