Mais de sete mil angolanos ficaram desempregados desde Março do ano passado
Assinala-se hoje o Dia Internacional do Trabalhador. Em Angola, pelo menos sete mil e 240 cidadãos tenham perdido os seus postos de emprego, entre Março de 2020 e Março deste ano.
Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que, nos últimos três anos, a taxa de desemprego rondava 8,8 por cento, situação que se tem agudizado, em todo o país, deixando milhares de famílias sem receitas para suportarem as despesas correntes.
Face à gravidade e duração da pandemia, muitas empresas viram-se forçadas a reduzir o número de empregados, por falta de sustentabilidade financeira, mostrando-se, principalmente, incapazes de honrarem os compromissos salariais, em praticamente todos os sectores.
Trata-se, entretanto, de um problema global que afecta centenas de Estados, deixando milhares de cidadãos em idade activa privados de empregos e com sonhos "arruinados".
O INE divulgou ainda que a população inativa com 15 ou mais anos aumentou 14,3% (257.350 pessoas) relativamente aos primeiros três meses do ano passado.
O relatório explicou também que devido à pandemia de covid-19, 2,7% da população empregada esteve ausente no trabalho no segundo trimestre de 2020, o que representou 266.265 pessoas de um total de 9.751.457.
A nota realçou que “os indicadores sobre o mercado de trabalho mostram algumas evidências marcadas pelo impacto da pandemia de covid-19”.
“Na atual situação, pessoas nos trimestres anteriores classificadas como desempregadas e pessoas que efetivamente perderam o seu emprego devido à pandemia podem, neste trimestre, ser classificadas como inativas. A não disponibilidade para começar a trabalhar, por motivos relacionados com a pandemia, pode levar ao acréscimo da população inativa”, assinalou.