Carros do MINSA flagrados a transportar fiéis da igreja Kimbanguista para actividade do MPLA.
Acossado pela ideia do Movimento Revolucionário manifestar—se no último sábado contra a liderança do Presidente da República, devido ao elavado custo de vida dos angolanos, o MPLA, partido que sustenta o governo, realizou, também uma contra—manifestação que envolveu vários meios, inclusive aqueles que estão ao serviço de instituições do Estado, como é o caso do Ministério da Saúde, cujos carros foram vistos a transportar fiéis da igreja Kimbanguista para a marcha do partido no poder.
Por: Lito Dias
Tratou—se, assim, de actividades que são antecâmara de episódios insolitos e desnecessários para o partido no poder, embora nesta pré—campanha eleitoral, há quem defenda o uso de todos meios disponíveis, quando o que estiver em causa é a conquista do poder.
No caso vertente, ressaltaram dois casos: o primeiro prende—se com o facto de seguidores de Simão Kimbangu terem decidido abraçar a actividade do MPLA, abertamente. O segundo caso refere—se à facilidade que igreja tem em recorrer aos meios do Estado e usa—los numa actividade político—partidária.
Essa constatação só foi possível, depois de reguladores de trânsito terem mandado para as viaturas devido à superlotação das mesmas. Como se de algo normal se tratasse o responsável da caravana apenas disse: "estamos a ir para a actividade do partido".
Ainda assim, há políticos da nossa praça que desconhecem ou fingem não conhecer o significado de partidarização do Estado. Gaguejam ao classificar as imagens que circulam nas redes sociais, em que aparecem também viaturas da Polícia Nacional, à luz do dia, a transportarem militantes do partido governante para as suas actividades politicas. Até às eleiçoes a serem realizadas provavelmente em 2022, conjectura—se a assistência a vários cenários da mesma índole.