Altos dirigentes da UNITA acusados de vandalismo e agressão contra militantes
Como se tudo estivesse a correr na maior calmia possível, afinal, na Reunião da Comissão Política do maior partido na oposição, realizada no dia 20 de Outubro houve actos que em nada dignificam o nome daquela organização política, pior ainda quando envolve nomes de altas figuras, como são os casos, entre outros, de Abílio Kamalata Numa, Manuel Armando da Costa Ekuiki, Albertina (Navita) Navemba Ngolo, Adriano Abel Sapinãla, Álvaro Daniel Chikwamanga, Diamantino Mussocola e Virgílio Samussongo.
Por: Lito Dias
Paralelamente ao documento sobre a impugnação da reunião da Comissão Política da UNITA, dirigido ao seu presidente, Isaías Smakuva, foi também endereçado um outro documento que denuncia actos que ensombraram o clima de serenidade e unidade que se pretendia transmitir, na mesma reunião. Para os seus signatários, no passado dia 20 de Outubro de 2021, onde certos membros da Comissão Política terão atentado contra a unidade e a coesão interna dos membros e consumado como mandantes actos de incitamento à violência, ameaças e coação grave, previstos e puníveis pelo artigo 37.º da Lei dos Partidos Políticos (Lei n.º 22/10, de 3 de Dezembro) e pelos artigos 170.º e 172.º do Código Penal. Revelam que os referidos companheiros terão convidado, promovido, instigado ou organizado a presença de grupos de indivíduos, membros e não membros da UNITA, à entrada do Complexo Sovsmo onde decorria a reunião do órgão, para criar e sustentar, antes e durante a reunião, um ambiente de intimidação e executar actos de vandalismo, coação e de violência para influenciar o desfecho da reunião.
Ana Filomena Junqueira Da Cruz Domingos, Manuela dos Prazeres de Cazoto, Amaro Sebastião Caimama, Luís Muyeye Contente e Filipe Mendonça, todos membros da Comissão Política da UNITA dizem ter escrito o documento, movidos "pelo espírito patriótico e de missão".
Os actos cometidos por dirigentes acima referidos "constituem infrações disciplinares gravíssimas que a UNITA deve combater”. Os denunciantes esperam que Isaías Samakuva tome as medidas adequadas para o restabelecimento da ordem e da disciplina no seio do Partido.
MILITANTES IRRIQUIETOS
O NA MIRA DO CRIME sabe que alguns desses quadros do partido do Galo Negro que saíram da toca para denunciarem supostas irregularidades fazem—no em gesto de vingança contra as medidas disciplinares de que foram alvos, depois do congresso de 2019, ora anulado.
Filipe Mendonça, por exemplo, chegou mesmo a ser expulso do partido, por conduta indecorosa e desrespeito aos órgãos directivos do partido.
Já Filomena faz parte de um leque de militantes que viram a sua militância suspensa por tempo indeterminado.