Na manhã desta quinta-feira, 17, dezenas de vendedeiras da Vila de Cacuaco, deslocaram-se até a Administração Municipal para exigir um novo mercado, uma vez que estão a ser corridas do Mercado da Cerâmica e de toda extensão da Vila Sede.

Por: Kihunga Bessa

Logo pela manhã eram visíveis carros da fiscalização e efectivos da Polícia em volta do largo da Administração.

Segundo Graça Pedro Matias, vendedeira, os membros da fiscalização do município de Cacuaco realizaram no mês de Outubro uma acção pedagógica e de sensibilização, que visava dar a conhecer ao pessoal a mudança para um outro mercado, com melhores condições.

“Fomos cadastrados e prometeram dar um novo mercado até Janeiro de 2023”, disse, acrescentando que sentiu-se surpreendido com as corridas dos fiscais e da Polícia Nacional.

“Hoje (ontem) pela manhã, do nada, entraram nas casas de processo e levaram todas as mercadorias”, lamentou, exigindo de volta toda mercadoria levada pelos fiscais.  "Já que estão a nos expulsar, exigimos apenas as nossas mercadorias e um local digno para vendermos”, exigiu.

De acordo com os nossos entrevistados, até o pessoal que vende em quiosques autorizadas pelo próprio administrador, estão a ser retirados.

Carlos dos Anjos, de 29 anos de idade, diz não ser necessário apreensão das mercadorias, uma vez que o pessoal depende dos negócios levados para sustentar os filhos e pagar os estudos.

"É só nos arranjarem lugar melhor, que não seja muito distante da estrada por causa dos clientes", apelou.

Importa referir que, ultimamente, o mercado da Vila de Cacuaco é denominado “mercado do administrador”, uma vez que, mesmo estando debaixo do seu nariz, não consegue organizar.

A equipa de reportagem deste jornal rumou para o gabinete da fiscalização para ouvir o responsável, mas sem sucesso.