Tribunal ordena soltura "imediata" de todos os réus do "caso Cafunfu"
O Tribunal de Relação de Luanda ordenou a soltura de todos os condenados nos acontecimentos da vila de Cafunfo, ocorrido a 30 de Janeiro de 2021, que resultaram na morte de activistas que clamavam pela autonomia do leste de Angola.
Por: Ngunza Chipenda
Mais de uma dezena de pessoas estão detidas, incluindo o líder do Movimento do Protectorado Português Lunda Tchokwe, José Zecamutchima. Todos os activistas eram acusados dos crimes de rebelião e associação de malfeitores.
Em Fevereiro de 2022, O líder do Movimento Protectorado Lunda Tchokwe, José Mateus Zecamutchima, foi condenado a quatro anos de prisão efectiva pelos crimes de associação criminosa e incitação à rebelião.
A decisão foi tomada em segunda instância e, segundo o advogado do activista, Salvador Freire, teve como base “a Lei da Amnistia, que deu por extinto” o crime de associação criminosa e incitação à rebelião pelo qual Zecamutchima foi condenado.
O Observatório para Coesão Social e Justiça, na altura, dava conta de 100 mortes nos confrontos, entre a polícia e manifestantes, número que supera "de longe" os dados oficiais.