Caso DJ Marcelo Rodas: Autópsia aponta causa da morte como sendo “pleuropneumonia bacteriana”
Familiares do jovem Francisco Diniz Fabião de Castro, de 29 anos de idade, supostamente assassinado pelo Dj Marcelo Rodas, no domingo, 26, no interior do restaurante Yevan Clube, depois de uma briga, pedem as autoridades que se faça justiça e que se encontre o culpado do homicídio.
Por: Cambundo Caholua
Ana Francisco Dias Fabião, mãe de Francisco Dinis Fabião da Costa “Chiquinho”, falou em exclusivo ao NA MIRA DO CRIME, e contou que o seu filho saiu de casa por volta das 17horas de domingo com a finalidade de se divertir no restaurante acima referenciado.
Infelizmente o jovem saiu para nunca mais voltar.
“Fiquei preocupada porque ele não tinha o hábito de dormir fora de casa, sem primeiro dar a conhecer a família”, recordou.
“Na madrugada de segunda-feira, liguei para um dos meus sobrinhos, Manuel de Sousa Fonseca Neves, para saber a localização do Chiquinho, mas a resposta foi que não tinha contacto com o primo há uma semana”. Segundo a mãe, o sobrinho também ficou surpreendido com a situação, porque não era norma o primo agir daquele jeito.
“Ele então ligou para uma jovem identificada apenas por Jéssica, que por sinal era muito amiga do meu filho, para saber se estavam juntos, a mesma respondeu que fazia algumas horas que deixou de o ver, mas que talvez estivesse com o Deejay Marcelo Rodas”.
Daí Neves ligou para o Deejay para saber se estava com o primo. Várias foram as chamadas sem respostas, conta, para depois acrescentar que, passados cerca de 30 minutos, Marcelo retornou a chamada.
“Quando lhe perguntaram onde estava o meu filho, respondeu que estavam juntos, mas que, infelizmente, houve uma ligeira briga entre ambos, e o Chiquinho não aguentou o embate e correu, de seguida foi atropelado”.
A família prontamente rumou até ao hospital do Zango 2, onde se informaram se havia entrada de um jovem atropelado, mas as enfermeiras responderam que a única vítima que receberam já estava sem vida, e as causas da morte não era atropelamento, mas sim espancamento, isto assustou os membros da família que a partir daquele momento passaram a suspeitar de um possível assassinato cometido pelo Dj.
Revoltados, a família criou meios e transferiram o corpo do malogrado até a Morgue Central de Luanda.
Dias depois, foi feita autópsia e o relatório médico apontava como causa da morte “pleuropneumonia bacteriana”.
"O meu primo foi espancado até à morte pelo Marcelo Rodas. Ele chamou o meu primo de Gay e ele não admitiu, respondeu, se eu sou Gay traz a tua mulher vais ver o que vou lhe fazer".
Questionado se sabia de alguma doença do seu primo, Neves respondeu que não, mas se estivesse, a agressão acelerou a morte.
Rute Suria Fabião de Castro, irmã do malogrado, disse que o irmão era tudo que tinha.
"O meu irmão era amigo, pai, companheiro, Desabafava comigo todos os seus problemas e eu também fazia o mesmo, mas nunca disse que tinha uma doença grave”, chorou, exigindo justiça.
"Quero justiça, quero que encontrem o culpado", lacrimejou juntamente com a mãe.
De realçar que Francisco Dinis Fabião de Castro, até ao momento da sua morte tinha uma licenciatura em psicologia de trabalho e era colaborador numa Empresa de segurança, como assistente dos Recursos Humanos (RH).
Já Dj Marcelo Rodas, está foragido e não se sabe o seu paradeiro.
O NA MIRA DO CRIME contactou fonte do SIC em Viana, que garantiu que o cidadão em causa está a ser procurado para responsabilização criminal.