IGAE aperta o cerco: Detidos directores de escolas do Cuanza Sul por cobranças indevidas
Detidos na província do Cuanza Sul, o director da Escola José Eduardo dos Santos e o secretário da referida instituição, pelos crimes de cobranças e recepção indevida de valores aos encarregados de educação.
Por: Carla Nayara
Fruto de uma verificação de denúncia pública participada ao Call Center da Direcção Provincial da IGAE no Cuanza Sul, uma equipa deste órgão inspectivo acompanhados por efectivos do SIC, deslocaram-se até ao bairro da Sanga, onde está localizada a referida escola do I° e II° Ciclo "José Eduardo dos Santos", para aferir a denúncia.
No local, os acusados, director da escola, Gonçalo Quissama Alfredo e o secretário Frederico Armando Afonso Oliveira, foram flagrados com o valor de 55 mil Kwanzas, cobrados aos encarregados o que se consubstancia em acto de improbidade, descrito na Lei 3/10, de 29 de Março, punível nos termos do Código Penal.
Os detidos alegaram que a contribuição servia para obras de melhorias da Escola e confirmação de matrículas.
Entretanto, a Comissão de Pais alega que desde o início do ano lectivo não viu melhorias, tão pouco a prestação de contas dos referidos valores contrariando o Regulamento da referida Comissão.
Os referidos funcionários, foram encaminhados ao Piquete dos Serviços de Investigação Criminal a fim de serem presentes ao Ministério Público para actos processuais subsequentes.
Escola “Soba Capungo”
Numa outra operação da IGAE e o SIC, foram autuados na tarde desta quarta-feira, 22, em flagrante delito António Evomai José, director administrativo e João Rodrigues Francisco André por cobranças e recepção indevida de valores (500 Kwanzas) aos alunos da Escola Primária e do I° Ciclo do Ensino Secundário "SOBA CAPUNGO" com o pretexto de compra de folhas de provas.
De acordo com uma nota da IGAE NO Cuanza Sul, foram encontrados em posse de funcionários públicos o valor de 18 mil Kwanzas de cobranças ilegais.
Em conversa mantida com os implicados, confessaram que haviam outros 60 mil Kwanzas, resultantes das cobranças, gastos para deleite pessoal dos mesmos.
Os funcionários, também, foram encaminhados ao Piquete dos Serviços de Investigação Criminal para procedimentos subsequentes