Técnicos da SINFIC cobram 6 mil kwanzas para falso enquadramento de brigadistas
Alguns jovens candidatos à brigadistas da SINFIC, em Cacuaco, afirmam ter conseguido a vaga por via de suborno praticado por elementos ligados aos serviços informáticos daquela empresa. A maioria dos apurados para o trabalho, tiveram que pagar até 23 mil kwanzas para ter a vaga.
Por: Onjaki Tchisola
De acordo com Eduardo Panzo (nome fictício), teve que pagar 22 mil kwanzas para o alistamento ao trabalho de brigadista.
"Um outro jovem da minha que vive na minha zona, kicolo, na Boa Esperança, rua da Wadadams mandou fazer uma lista de pessoas interessadas a trabalhar como brigadista. Eu e muitos outros demos o dinheiro e o nome saiu", descobriu.
Os requisitos foram cópia do BI, cópia do cartão de munícipe ou eleitoral e o IBAN; o dinheiro tinha que ser entregue completo e em mãos, com a promessa de ganharem 300 mil kwanzas após as eleições.
Numa reportagem aturada, o NA MIRA DO CRIME deslocou-se ao ex-IMNE de Cacuaco, e durante a entrega dos materiais aos brigadistas, e de forma sigilosa, ficou a saber que uma boa parte dos que ali se encontravam foi por suborno.
Sistema vulnerável
Segundo Luís, estudante universitário, além do "biolo" de brigadistas ainda há a possibilidade de entregar 6 mil kwanzas e o IBAN, para enganar o sistema informático que e adicionar nomes de pessoas que não trabalharem no processo (Mesas Eleitorais). Assim, quando o dinheiro for pago, será repartido pelo técnico informático e o funcionário fantasma.
Este jornal sabe que, o processo, é, na verdade, um negócio feito por elementos que já vêem a trabalhar para a SINFIC desde as eleições passadas.
Em 2008, A SINFIC assumiu em contratos assinados com o Ministério da Administração do Território em representação da CIPE a responsabilidade de garantir o funcionamento do Centro Nacional de Processamento de Dados, o refrescamento técnico dos Brigadistas, a reposição do nível de operacionalidade dos equipamentos existentes, o fornecimento dos consumíveis necessários ao funcionamento das brigadas e à impressão dos cartões de eleitor (novos registos e pedidos de 2ªs Vias) a manutenção do software existente durante o ano de 2008 e a formação do quadro de pessoal do MAT, Ministério da Administração do Território, ao serviço no CNPD, o aumento da capacidade de armazenamento de dados no CNPD.