‘Saques’ milionários no Standard Bank Talatona: Trabalhadores do banco desviam milhões e fogem para Holanda, Dubai e Portugal
Uma investigação NA MIRA DO CRIME levou-nos até ao Banco Standard Bank onde, recentemente, foram detidos três cidadãos nacionais, nomeadamente Domingos Loungui Kiassungua, casado de 27 anos de idade, Engenheiro de nuvens no Standard Bank Talatona (sede), Pedro António João, casado de 24 anos de idade, técnico de fecho diário do Standard Bank e Virgílio Mário de Almeida, casado de 35 anos de idade, técnico de aplicações bancárias do Standard Bank, também do Talatona Sede.
Por: Osvaldo de Nascimento
O esquema de desvios de dinheiro do banco começou no dia 29 de Novembro de 2022, quando o trabalhador Domingos Loungui Kiassungua, casado de 27 anos de idade, Engenheiro de nuvens no Standard Bank Talatona (sede), de forma fraudulenta apagou os dados pessoas de um cliente do banco, depois deste ter solicitado uma transferência para Portugal, no valor de 37 milhões de Kwanzas, onde poderia receber em Euros, num total de 67 mil Euros.
Kiassungua, com o cérebro a ferver de ideias, mudou todos os dados pessoais do cliente e a rota de transferência.
Desta forma, mandou todos os 37 milhões de Kwanzas para uma outra conta em Portugal com o número: PT50.0033.4444.4555.9408.3350.5, passado em nome de Daniel Salvanio Jesus Cerqueira.
Cerqueira, por sua vez, enviou 20 mil Euros para uma terceira pessoa de nome Paulo Lukene (funcionário do Banco em fuga), que através da sua esposa, de nome Paula de Fátima Trigo, trouxe 20 mil Euros para Angola, com os quais Domingos Loungui Kiassungua comprou uma viatura de marca Renault, modelo Sandero, cor cinzento, com a chapa de matrícula LD-44-82-EN, um jogo de cadeirões (L) de cor cinzento, uma geleira de marca Hisense, uma arca frigorífica de marca Indemax e um televisor de 32 polegadas.
Vale sublinhar que, depois de um trabalho aturado do Banco e do SIC, o cidadão acima descrito foi detido no passado dia 17 de Janeiro.
Pedro António João e Virgílio Mário de Almeida
No dia 13 de Janeiro do ano em curso, Pedro António João, quando cumpria mais um dia laboral, isto na sede do referido Banco, em Talatona, realizou de forma fraudulenta uma transferência em somas de 103 milhões de Kwanzas, na companhia do seu colega Virgílio Mário de Almeida, para a conta bancária 1002958016.
Para o colega (cúmplice) enviou um total de 53 milhões e 771 Mil kwanzas, e caiu na conta bancária do senhor Renato Jorge Airosa de Sousa Araújo, casado de 22 anos de idade, antigo funcionário da empresa de telefonia móvel Unitel.
Este jornal sabe que, os acusados, num primeiro interrogatório, apontam o dedo acusador para Paulo Lukene, por ser o técnico de fecho do dia, do Standard Bank Talatona (sede), possuidor dos códigos que lhe facilitava fazer às transferências.
Do mesmo esquema, o NA MIRA DO CRIME sabe que, recentemente, o grupo fez uma transferência de 48 milhões e 771 mil Kwanzas, para uma conta bancária em nome do cidadão identificado como José Gregório Panzo, mais conhecido por “Tuga”.
Milhões trocados no Mártires
A nossa investigação descobriu ainda que Pedro João, na companhia do amigo Renato Araújo, ex-funcionário da Unitel, deslocaram-se recentemente até ao bairro Mártires, em Luanda, onde com os 53 milhões de Kwanzas, fizeram a compra de divisas no total de 108 mil dólares Norte Americanos.
Parte dos valores foi feito pagamentos de algumas dívidas, outra parte, no valor de 70 mil dólares, foram encontrados em posse bancário, no interior de um Hotel na Samba, quando mesmo se preparava para fugir para o Dubai.
Quanto a Paulo Lukene, o NA MORA DO CRIME sabe que este encontra-se foragido na Holanda, enquanto José Panzo encontra-se foragido algures nesta cidade capital, com partes dos valores furtados do banco, avaliados em 48 milhões de Kwanzas.
Este jornal sabe que parte da quadrilha já está encarcerada na Comarca Central, enquanto diligências prosseguem para desarticulação total do grupo.